sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano novo, vida nova em Cristo!

Por Jaime Roberto Thomaz - Min. Preg. Vozes de Profetas
http://vozesdeprofetas.blogspot.com/

Nessa época do ano, aproveitamos para repensar nossas vidas,
e para os que vivem a verdade da fé, a festa do Ano Novo representa
o momento realmente especial de esperanças e comunhão, com
sentimentos nobres.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

Entramos num outro tempo da nossa vida e tudo se faz novo para nós. Ano Novo, vida nova, nossa esperança e tudo o que era velho passou. Portanto, precisamos assumir novas atitudes diante das situações, das pessoas e de nós mesmos.
O Senhor nos chama a assumir a nossa verdade e a colocar toda a nossa vida sob a luz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tomemos, hoje, neste novo ano que inicia, a firme decisão de viver na luz, ou seja, de romper com toda mentira e trevas e viver na verdade.

Deus é luz e n’Ele não há treva alguma” (I Jo 1,5b).

Desapeguemo-nos das velhas situações que nos levavam ao pecado e busquemos em Deus o novo que Ele tem para nós. Não podemos mais arrastar situações desajustadas do passado nem ficar presos a elas.
Seu coração, sente a essência desse momento, e as bençãos cairão
sobre você, como singelas gotas de esperança, para que seu caminho
seja cada vez mais tranquilo, e para que em seu lar, o amor reine
sobre todas as coisas.

Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: ‘Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando’.
E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.
Desejo que a magia desse momento, ilumine seus sonhos.
Que a fé nas palavras de amor que o Senhor nos deixou, estejam
ainda presentes em seu coração, e que esse ano Novo de luz,
seja também uma festa de muita alegria.

Peçamos ao Espírito Santo de Deus que nos renove e nos conceda todas as novidades que o Senhor tem reservadas para nós.

Feliz ano novo, feliz vida nova em Cristo!!! 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Por que o Verbo se fez carne?

Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós
Deus se fez homem e veio morar conosco; dignou-se assumir a nossa humanidade para nos resgatar do pecado e da morte. O Infinito se fez finito; o Forte se fez fraco, o Imortal se revestiu de nossa mortalidade. É o maior acontecimento da História da humanidade; mas infelizmente muitos a desconhecem; e outros, pior ainda, a deprezam e zombam dela.A Encarnação do Verbo, Filho de Deus, não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que ele seja uma mistura do divino com o humano. Ele é verdadeiramente homem permanecendo verdadeiro Deus. Ele assimiu a natureza humana sem perder a divindade. São João Crisóstomo (†407), o grande santo doutor da Igreja, mártir patriarca de Constantinopla, rezava:

"Ó Filho Único e Verbo de Deus, sendo imortal, vos dignastes por nossa salvação encarnar-vos da Santa Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, vós que sem mudança vos tomastes homem e fostes crucificado, ó Cristo Deus, que por vossa morte esmagastes a morte, sois Um da Santíssima Trindade, glorificado com o Pai e o Espírito Santo, salvai-nos!".

A liturgia do Advento diz que “Ele veio uma primeira vez revestido de nossa fragilidade para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”.

O Verbo se fez carne para “tornar-nos participantes da vida divina” (2Pe 1,4).

Santo Irineu (†202) disse:

"Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus". (Adv. haer. 3, 19,1)

O Verbo se fez carne para a nossa salvação.

O Credo niceno-constantinopolitano, confessa:

"E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem" .

O grande santo e Padre da Igreja, São Gregório de Nissa, do século IV, expressou bem:

“Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visita-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Cat. §457)

"Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (1Jo 4,10). "O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo" (1Jo 4,14). "Este apareceu para tirar os pecados" (1Jo 3,5).

A Carta aos Hebreus fala deste mistério profundo; sacrifícios de animais, e mesmo de um simples homem, não poderia salvar a humanidade; então o Verbo se fez homem.

“Por isso, ao entrar no mundo, ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui... para fazer a tua vontade”. (Hb 10,5-7; Sl 40,7-9)”

O Verbo se fez carne para que conhecêssemos o amor de Deus.

"Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele" (1 Jo 4,9). "Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna" (Jo 3,16).

O Verbo se fez carne para ser nosso modelo de santidade.

"Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim..." (Mt 11,29). "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim" (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: "Ouvi-o" (Mc 9,7). Jesus é o modelo e a norma da Nova Lei: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12).

A fé na Encarnação do Filho de Deus é a marca fundamental da fé cristã. São João disse:

“Quem é mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2, 22) “Todo espírito que não proclama Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo”. (1 Jo 4,3).
PROF. FELIPE AQUINO

sábado, 25 de dezembro de 2010

O Verbo se fez carne!

A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para saldar a dívida de nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à natureza passível. Deste modo, como convinha à nossa recuperação, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, podia submeter-se à morte através de sua natureza humana e permanecer imune em sua natureza divina.


Por conseguinte, numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem, nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na nossa humanidade. Por “nossa humanidade” queremos significar a natureza que o Criador desde o início formou em nós, e que assumiu para renova-la.


Mas daquelas coisas que o Sedutor trouxe, e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo fato de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana, tornou-se participante dos nossos delitos.


Assumiu a condição de escravo, sem mancha de pecado, engrandecendo o humano, sem diminuir o divino. Porque o aniquilamento, pelo qual o invisível se tornou visível, e o Criador de tudo quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não uma falha do seu poder. Por conseguinte, aquele que, na sua condição divina se fez homem, assumindo a condição de escravo, se fez homem.


Entrou, portanto, o Filho de Deus neste mundo tão pequeno, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce de modo totalmente novo. De modo novo porque sendo invisível em si mesmo, torna-se visível como nós; incompreensível, quis ser compreendido; existindo antes dos tempos, começou a existir no tempo. O Senhor do universo assume a condição de escravo, envolvendo em sombra a imensidão de sua majestade; o Deus impassível não recusou ser homem passível, o imortal submeteu-se às leis da morte.


Aquele que é verdadeiro Deus, é também verdadeiro homem; e nesta unidade há de falso, porque nele é perfeita respectivamente tanto a humanidade do homem como a grandeza de Deus.


Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia nem o homem é destruído com sua elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.


A natureza divina resplandece nos milagres, a humana, sucumbe aos sofrimentos. E como o Verbo não renuncia à igualdade da glória do Pai, também a carne não deixa a natureza de nossa raça.


É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repetir – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem. É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus: e o Verbo era Deus. É homem, porque o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,1.14)